Por King Edward Lutamos

" Toda Rebeldia Anarquista provem da Rebeldia do REI contra a Autoridade Ilegitima que deu um Golpe de Representação na Monarquia ".

" Nenhum Anarquista por tal motivo aceita ou se submete a uma Autoridade Ilegitima que queira o Governar ".

domingo, 9 de fevereiro de 2014

João Camossa Anarco Monarquista Português

Imagem do arquivo: Anarquismo Republicano
 
João Camossa (III) - 15/12/1925-16/10/2007
 
VOTO N.º 117/X DE PESAR PELO FALECIMENTO DO ADVOGADO JOÃO CAMOSSA, FUNDADOR DO PARTIDO POPULAR MONÁRQUICO (PPM) Legislatura: X Sessão Legislativa: 3
Assunto: Voto de Pesar pelo falecimento do advogado João Camossa, fundador do Partido Popular Monárquico (PPM)
Tipo de Voto: Voto de pesar   [DAR II série B Nº.10/X/3 2007.10.20 (pág. 3)] Debate Aprovado por unanimidade.
 [DAR I série Nº.11/X/3 2007.10.19 (pág. 36)]
A Favor: PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PEV
A morte do Dr. João Camossa constituiu uma grande perda para todos nós. Homem de um só parecer e de uma só fé, lutou e sempre pugnou pelos ideais da justiça social e pela democracia.
Monárquico convicto, revolucionário e activista no movimento Anarco-Sindicalista que se opôs veementemente ao Estado Novo, foi, por múltiplas vezes, vítima das sevícias e prisões da polícia política, que o colocaram na frente dos diversos movimentos que se opunham então ao sistema salazarista, nomeadamente quando integrou o «Movimento de Beja», de cujos elementos foi advogado, tendo passado rapidamente, durante a audiência, de defensor a preso, por ordem do juiz. Personalidade complexa com Tendências Anarquizantes que ele próprio paradoxalmente ia desenvolvendo no regime salazarista, foi-se deixando empurrar para o isolamento, não se conseguindo estruturar para um grupo actuante. Todavia, foi co-fundador da «Convergência Monárquica» que reunia diversos movimentos políticos de inspiração monárquica, em oposição frontal à tradicional e conservadora «Causa Monárquica». Em 1974 Camossa funda o Partido Popular Monárquico, ao lado de Barrilaro Ruas, Rolão Preto e Ribeiro Telles. Foi Deputado na Assembleia Municipal de Lisboa, durante o período da Aliança Democrática. Combateu sempre pelos ideais em que acreditava, em nome da liberdade, conquistando o respeito e simpatia de todos os que com ele privaram. Ao longo da vida João Camossa colaborou por diversas vezes em jornais e revistas sobre temas políticos, históricos e culturais. A Assembleia da República expressa à família e ao Partido Popular Monárquico sentidas condolências. 
 
Testemunhos:
 
“…este verdadeiro erudito doutor com uma impressionante história e currículo de activismo político, sempre foi presença incómoda.…”
“…Radical, denominava-se de monárquico anarco-comunalista…”
“…Aquele homem de tudo sabia e de muito falava. Biografias inteiras, histórias picarescas de grandes vultos, filosofia e surpreendentemente, um espantoso conhecimento territorial do país que calcorreava a pé, por montes, vales cidades e vilas. Por vezes, tornava-se incompreensível e o seu grandioso argumentativo – a dialéctica de outros -, era susceptível de desesperar os mais pacientes…”
“…Num dia de Cimeira da AD marcada para a sede do extinto PPM – o que hoje existe é uma indigna caricatura do original -, ao deparar com a chegada do 1º ministro Balsemão e do ministro Freitas do Amaral, virou-se para os jovens e na sua inconfundível voz de trocista inveterado, sentenciou:
“Meus senhores, chegaram os caixeiros-viajantes. Podemos começar!”…”
Nuno Castelo-Branco in http://aventar.eu/2010/01/22/homenagem-a-joao-camossa/

“...Era um homem difícil de compreender, dada a sua resposta pronta e a fama de polemista que todos contradizia pelo prazer de manter viva a conversa. Deliciava-se em provocar os mais jovens, acicatando-os para um combate de selva que servia como treino para outras e mais persistentes lutas futuras, contra adversários mais irredutíveis, porque bem instalados. Queria sempre mais respostas, novos desafios e outros temas que nos mantivessem junto dele. Apresentava uma certa ideia do mundo, onde Portugal era a peça central, inamovível numa grandeza histórica bem possível de reconquistar para a normalidade dos dias em que se sucedem as gerações. Fez-nos acreditar na possibilidade do improvável e hoje, esteja onde estiver, deve saborear aquele valeu a pena!, que há uns vinte e cinco anos nos garantia como infalível meta…”
Nuno Castelo-Branco in http://estadosentido.blogs.sapo.pt/1040623.html

“…"Quando chega D. Sebastião?", perguntava um brincalhão ao telefone, pouco depois do 25 de Abril de 1974. "Daqui fala o próprio", retorquia, da sede do Partido Popular Monárquico, João Camossa. Nessa época - antes das primeiras eleições -, lia-se nas paredes: "Queremos o Camossa na Assembleia."…” Fernando Madaíl in http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=987215&page=-1
 
“…Os seus argumentos, simplicidade e emoção oratória não deixavam ninguém indiferente. Era um homem de histórias que adorava as tertúlias e a conversa inteligente. …” “…Ninguém como ele sabia tanto da “pequena história” de Portugal! E quantas vezes saíam recortes de notícias, esboços de mapas, papéis rabiscados com notas das algibeiras do seu casaco, sempre recheadas de mistérios...”

“…O João foi um dos homens mais inteligentes que conheci. Dos mais cultos. Dos mais sábios.
Não tinha, nem pela humanidade nem por si próprio, uma consideração por aí além. Abominava o doutor Oliveira Salazar e o socialismo, achava que as pessoas se deviam agrupar em pequenos núcleos, já que, nos grandes, o diálogo era impossível. A si próprio atribuía, como ideologia, o “anarco-comunalismo”, coisa mirífica onde as pessoas se deviam dar bem porque se ignorariam quanto pudessem, e onde o Estado se tornaria (quase) desnecessário. Talvez por isso era monárquico, concebida a monarquia como um sistema em que o chefe era próximo porque longínquo, doce, estimado, não estava sujeito às discussões dos fabricantes delas e só aparecia quando era indispensável, na certeza de que o ideal era que não precisasse de aparecer.
 
O João leu coisas que ninguém mais leu, sabia coisas que a mais ninguém era dado saber, pensava coisas que ninguém mais pensava.
Por baixo das anedotas que a seu respeito se contavam, talvez por ele incentivadas, escondia-se um ser pensante, quase genial, que raciocinava a galope e chegava a conclusões que causavam estranheza, inveja, até repulsa à chã farronca do comum dos mortais.….”
“…Os seus escritos, que transportava em bolsos imensos, quase a arrastar pelo chão, a contestação de Bernstein e Marx, as críticas ao senhor Soares (Mário), como ele lhe chamava, as suas teses sobre a nacionalidade, os descobrimentos, o miguelismo, sei lá, tudo deve estar perdido. Deve-lhe ter caído dos tais bolsos, já rotos, vítimas da usura e do desleixo.
Há Homens que muito poderiam ter dado, ou deixado, ao seu semelhante. Assim não aconteceu com João Carlos Camossa de Saldanha, não porque não tivesse produzido, e muito, mas porque nunca teve intenção de fazer disso honra...”
António Borges de Carvalho ihttp://irritado.blogs.sapo.pt/74027.html

João Camossa (I) - 15/12/1925-16/10/2007

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Biografia
João Carlos Camossa de Saldanha "nasceu" monárquico. O seu pai, o capitão-mar-e-guerra Augusto Saldanha, foi um dos resistentes ao 5 de Outubro de 1910, o que lhe valeu a prisão e muitos dissabores na carreira militar e na vida familiar.
Foi membro do grupo fundador do Centro Nacional de Cultura – excelente e legal pretexto para o activismo e formação política -, participou no grupo de Gonçalo Ribeiro Telles, Francisco Sousa Tavares, Rodrigo Sousa Félix e Fernando Amado, marcando aquele vital momento de ruptura com os resquícios de uma Causa Monárquica que vivia na expectativa do final cumprimento de longínquas promessas do regime vigente.
Esteve envolvido na formação, nos anos 50, do anti-salazarista Movimento Monárquico Popular (com a Liga Popular Monárquica e a Renovação Portuguesa daria origem à Convergência Monárquica, que passou a chamar-se PPM após o 25 de Abril),
Durante décadas foi conhecido activista opositor à 2ª República, tendo participado activamente em episódios como a Revolta da Sé (1959) e o Golpe de Beja (1961), o que lhe valeu a estadia no conhecido Aljube. Durante o julgamento dos implicados no Golpe de Beja, foi contra a estratégia dos outros advogados da defesa que procuravam argumentar com a formalidade dos princípios democráticos da Constituição de 1933. Pelo contrário e para estupor do Tribunal, o monárquico assumiu frontalmente a ruptura contra o ordenamento constitucional republicano e corporativo, tendo passado rapidamente, durante a audiência, de defensor a preso, por ordem do juiz.
Monárquico convicto, revolucionário e activista no movimento anarco-sindicalista que se opôs veementemente ao Estado Novo, foi, por múltiplas vezes, vítima das sevícias e prisões da polícia política, que o colocaram na frente dos diversos movimentos que se opunham então ao sistema salazarista, nomeadamente quando integrou o «Movimento de Beja».
Em 1974 Camossa funda o Partido Popular Monárquico, ao lado de Barrilaro Ruas, Rolão Preto e Ribeiro Telles. O anarco-comunalista João Camossa representava a corrente libertária do partido, para quem o rei deveria ser o último vestígio do Estado.
Foi representante do PPM na Assembleia Municipal de Lisboa e pertenceu aos serviços de apoio jurídico na Assembleia da República, durante o período da Aliança Democrática.
Colaborou por diversas vezes em jornais e revistas sobre temas políticos, históricos e culturais.
 

Links sobre o João Anarco Monarquista:

http://resistenciapopularrealista.blogspot.com.br/2011_10_01_archive.html 
http://irritado.blogs.sapo.pt/74027.html
http://arepublicano.blogspot.com.br/2007/10/joo-camossa-1926-2007-joo-carlos.html
http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=987215
http://realbeiralitoral.blogspot.com.br/2011/10/joao-camossa-i-15121925-16102007.htmlhttp://stellium.bloguepessoal.com/r4587/BIOGRAFIAS/?nextyear=1&month=09&year=2000https://www.google.com.br/search?q=Jo%C3%A3o+Carlos+Camossa+do+Saldanha+anarco+monarquista&newwindow=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=ayr4Us_GB9SMkAfLy4GwDA&ved=0CG4QsAQ&biw=1093&bih=551

O Anarco Monarquismo e Anarco Catolicismo de J. R. Tolkien

O Anarco Monarquismo e Anarco Catolicismo de J. R. Tolkien



Como o catolicismo de Tolkien influenciou sua obra? 

Mas muitos fãs de Tolkien ficaram de queixo caído ao saber que ele, um professor de Oxford e amante de cachimbo, era um devoto e fiel católico. Como isso influenciou a sua obra?
Tolkien – um homem de piedosa e forte fé e educação católica – impregnou sua obra literária com a transcendência de sua fé cristã. Desconhecendo os mecanismos alegóricos (ainda que alguns especialistas em seu trabalho declarem o contrário), representou as verdades eternas que sustentam uma boa compreensão do catolicismo (beleza, virtudes, ordem moral, a eterna batalha entre o bem e o mal) em sua obra, de forma que a universalidade destas verdades é mais do que evidente. No caso de “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”, mundos fantásticos e criaturas proporcionam um contexto no qual os elementos da ontologia cristã podem ser desenvolvidos fora do marco usual, o que reflete sua transcendência, bem como chegar a um público que de outra maneira não encontraria tais verdades.

O romance “O Hobbit” – e sua continuação “O Senhor dos Anéis” – são obras que já passaram para a história da literatura fantástica com nome próprio. Mas poucos dos seus fanáticos leitores sabem que o autor, John Ronald Reuel Tolkien, era um católico convicto.

Hoje internacionalmente famoso como um dos autores mais populares de todos os tempos, J. R. R. Tolkien imaginou, em um primeiro momento, os hobbits – criaturas rurais e pitorescas que habitam buracos subterrâneos muito confortáveis – enquanto corrigia provas dos seus alunos durante o verão em sua escura sala do campus. Ele considerava que o entediante trabalho acadêmico era um horror e pegou esse emprego somente porque precisava de dinheiro para manter sua família. Sua visão repentina de um hobbit que ele desenhou na margem de uma prova se tornou um conto de aventuras que foi publicado como “O Hobbit”.

O romance conta a viagem de Bilbo Bolseiro que, com reticência, abandona sua cômoda vida doméstica para unir-se a um mago chamado Gandalf e a um grupo de anões em busca da Montanha Solitária – eles lutam para recuperá-la das garras do terrível dragão Smaug. Durante o romance, Bilbo vai crescendo, não de forma física, mas espiritualmente. Muitas vezes desajeitado, mas sempre com bom coração, Bilbo briga com trolls, trasgos e aranhas gigantes. Em um momento crucial, nos profundos túneis abaixo das Montanhas Nubladas, Bilbo se envolve numa luta contra Gollum, uma batalha de enigmas, da qual não somente sobrevive, mas também encontra o anel de ouro que depois tem um papel central em sua famosa sequela. Assim, antes de voltar para a sua casa da Comarca, Bilbo se torna um herói com um forte propósito moral, com um histórico de conquistas virtuosas, um tesouro e o agradecimento das pessoas que vivem nas terras que ele ajuda a salvar.

A publicação da história de Bilbo encantou uma geração de leitores e inspirou Tolkien a começar sua mais ambiciosa obra, cuja elaboração durou muitos anos e produziu um mito colossal: “O Senhor dos Anéis”. O romance, publicado originalmente em três partes, deu-lhe um nome em seu mundo tranquilo da filologia e, como aconteceu com Bilbo, isso lhe trouxe riqueza e renome no final dos seus dias. O aplauso do público surpreendeu e gratificou Tolkien. A recepção apaixonada de “O Hobbit” e de “O Senhor dos Anéis” elevou seu trabalho, que ele sempre considerou um hobby um tanto extravagante, a um nível ao qual poucos romances fantásticos puderam chegar.

Estes fatos relacionados a Tolkien são mundialmente conhecidos. O que não se sabe é que esta ficção, de grande atrativo, está impregnada da fé católica do autor. A surpresa vem de que a palavra “católico” não aparece nas receitas da Terra Média, onde uma religião institucional não existe. No entanto, como testemunhas da visão de mundo do autor, estes romances expressam a imaginação católica de Tolkien. O espírito dos romances, primeiro de forma implícita e depois sob a sua direção artística sutil, está baseado em sua identidade e em sua maneira de entender as verdades metafísicas.

Tolkien não era católico por convenção ou simplesmente por cultura: a conversão da sua mãe supôs uma ruptura familiar em uma época da Inglaterra em que o catolicismo era frequentemente sinônimo de marginalização social.

A mãe de Tolkien, Mabel, se converteu ao catolicismo e, por isso, sua família cortou relações com ela. Seu marido, o pai de Tolkien, havia morrido de febre reumática na África do Sul, onde o escritor nasceu, antes de ter podido se reunir com ela e com seus dois filhos que estavam na Inglaterra visitando a família. Mabel e seus filhos se viram reduzidos à pobreza pelo fato de sua família protestante ter cortado relações com eles, mas ela suportou todos os desafios da sua maternidade com santa dedicação.

Sobrecarregada de trabalho e isolada devido à sua fé católica, ela morreu pouco depois da Primeira Comunhão de Tolkien, mas não antes de confiar a tutela dos seus filhos a um sacerdote amigo do Oratório de Birmingham, o Pe. Francis Morgan, que deu continuidade à instrução das crianças na fé (participavam da Missa com ele diariamente antes de ir ao colégio, por exemplo). Tolkien escreveu mais tarde sobre sua mãe: “Minha própria mãe foi, sem dúvida, uma mártir. Nem todos recebem de Deus o dom de ter uma mãe que sacrificou a si mesma trabalhando para que Hilary e eu mantivéssemos a fé”.

Já adolescente, enamorou-se de Edith, uma mulher protestante mais velha que ele, mas, a pedido do Pe. Morgan, a quem era muito leal, prometeu não ter nenhum contato com ela até cumprir 21 anos. No dia do seu aniversário, escreveu a Edith, pedindo-a em casamento. Algum tempo antes de receber esta carta, Edith ficou noiva de outro homem, mas seu amor a Tolkien se reavivou e ela rompeu o noivado para estar com o pretendente que a havia conquistado inicialmente. Em pouco tempo, Tolkien se casou com ela (que se converteu o catolicismo para se casar com ele), tiveram 4 filhos e estiveram unidos até o final dos seus dias. Seu romance está refletido na história de Beren e Lúthien, dois grandes personagens da Terra Média cujos nomes aparecem gravados em suas lápides em Wolvercote, Oxford.

Depois do seu casamento, sendo ainda jovem, Tolkien lutou e sofreu as penúrias das trincheiras do Somme, experimentando em primeira pessoa o pesadelo existencial que transformou profundamente a fé vitoriana na civilização ocidental. Sobreviveu a “todos, menos a um” dos seus amigos mais próximos, que serviram com ele – incluindo seus colegas do clube “TCBS”, abreviatura do “Clube de Chá e Sociedade Barroviana”, que, de alguma maneira, prefigurou o famoso círculo literário conhecido como Inklings, e a guerra o comoveu profundamente. Foi sua fé católica que o sustentou nesse tempo de angústia física e emocional. Ferido durante a carnificina sem sentido das trincheiras, voltou à Inglaterra, onde Edith o esperava, e retomou sua brilhante carreira universitária, centrada no estudo da língua e da mitologia – seus temas por excelência, a partir dos quais surgiu a lenda. Foi durante esta época que Tolkien, que ia à Missa diariamente, escreveu grande parte da sua ficção, incluindo “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”.

Ainda que Tolkien nunca tenha tido a intenção de fazer de “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis” uma alegoria da sua fé (como fizeram outros – por exemplo, seu amigo C. S. Lewis), inevitavelmente sua fé e suas crenças se refletem no emaranhado moral do seu universo fantástico.

Surge a pergunta: de que maneira o catolicismo de Tolkien influenciou sua obra? Alguns céticos poderiam questionar a premissa de que está por trás da pergunta. Depois de tudo, diriam, a fé de Tolkien (muito importante em sua vida pessoal) não teve um impacto direto em sua famosa obra. “Desagrada-me cordialmente a alegoria em todas as suas afirmações – escreveu ele na introdução à 2ª edição de ‘O Senhor dos Anéis’ – e sempre foi assim, desde que me tornei velho e precavido como para detectar sua presença”.

Admitindo uma reconvenção imediata, os céticos deveriam admitir que sua fé não requer uma representação alegórica no romance. Os incrédulos poderiam argumentar que o seu catolicismo é, quando muito, incidental na Terra Média, um contexto pré-cristão predominantemente influenciado pelo mito nórdico e outras fontes pagãs. Tolkien responde a estes céticos com suas próprias palavras. Antes que “O Senhor dos Anéis” fosse publicado, escreveu uma carta ao seu amigo, o sacerdote Robert Murray, na qual lhe dizia: “'O Senhor dos Anéis' é, certamente, uma obra fundamentalmente religiosa e católica, no começo inconscientemente, mas muito conscientemente em sua revisão. Esta é a razão pela qual não coloquei ou tirei praticamente todas as referências ao que pudesse parecer ‘religião’, cultos e práticas nesse mundo imaginário – para que o elemento religioso fosse absorvido na história e no simbolismo”.

Destacados católicos que ainda vivem escreveram sobre a religiosidade de Tolkien em sua obra, incluindo Stratford Caldecott, Joseph Pearce, Bradley Birzer, Peter Kreeft, Carol Abromaitis, David Mills e Richard Purtill. Sem dúvida, como afirmaram numerosos especialistas, Tolkien participou do renascimento católico na literatura inglesa, unindo-se a G.K. Chesterton, Hilaire Belloc, Evelyn Waugh, Graham Greene, Gerard Manley Hopkins, W.H. Auden e outras luzes da fé. Às vezes separados por décadas e quilômetros, em uma continuidade espiritual consciente ou inconsciente, eles utilizaram as palavras para fazer uma defesa polivalente do que consideravam ser a beleza, a bondade e a verdade, contra uma crescente cultura desumana e desarraigada.

No entanto, Tolkien não foi um pregador. Ao contrário do seu grande amigo C. S. Lewis – que se converteu ao cristianismo em parte porque Tolkien o convenceu de que a Bíblia era o único e verdadeiro mito –, ele desprezou a alegoria. Dizia que esta não aparecia em nenhum lugar de “O Senhor dos Anéis”.

Liderando os antes mencionados Inklings, Tolkien e Lewis compartilhavam o amor pela mitologia. Ao longo da sua amizade, muitas vezes enquanto bebiam em um pub de Oxford chamado “The Eagle and Child” (então conhecido como “The Bird and Baby”), os dois professores conversavam sobre as obras que estavam escrevendo – livros que depois transformariam o mundo. Mas sua amizade não evitava que Tolkien criticasse o que ele chamava de “casa das feras mitológicas” das “Crônicas de Nárnia”, a famosa série de romances cristãos alegóricos (Lewis dizia que eram meramente análogos, mas isso era considerado irrelevante, segundo a opinião de Tolkien, baseada nos seus padrões literários).

Os críticos tentaram interpretar a experiência de Tolkien nas duas Guerras Mundiais em suas obras, especialmente em “O Senhor dos Anéis”. Por exemplo (e para consternação do próprio Tolkien), muitos leitores consideravam que o Anel Único de Sauron (o artefato maléfico que Bilbo toma de Gollum em “O Hobbit” e que entrega ao seu sobrinho Frodo Bolseiro, confiando-lhe a sua destruição no Monte do Destino, cravado nas profundezas escuras de Mordor – o mesmo lugar em que o próprio Anel foi forjado) representava as armas de destruição massiva, como a bomba atômica.

Sem dúvida, Tolkien estava descrente com relação às noções modernas de progresso, não gostava das mudanças que se dirigiam à violência mecanizada, aos terrenos baldios criados pela industrialização, que havia destruído sua ordem natural. Sua declarada política filosófica de anarco-monarquismo e sua disposição ao que ele chamava de “distribuição agrária” são alternativas radicais para a modernidade de hoje em dia. Ainda assim, ele rejeitou qualquer interpretação alegórica de seu romance.

“Folha de Niggle”, uma interpretação fascinante do purgatório, é a obra mais alegórica de toda a sua ficção. No entanto, é incontestável que as convicções espirituais de Tolkien estão presentes em seus livros. Os leitores, incluindo os católicos estudantes, vinculam aspectos concretos dos seus romances ao catolicismo. Entre os sinais mais evidentes, se não referências alegóricas, mencionados frequentemente como símbolos da sua fé em “O Senhor dos Anéis”, destacam-se:

- O Anel único como a Cruz e Frodo como representação de Cristo;

- A ressurreição em Gandalf o Branco e em Aragorn, que volta como rei;

- Também a Eucaristia, nas lembas curativas ou pão dos elfos.

Em sua carta ao Pe. Murray, Tolkien diz do seu romance: “Penso saber exatamente o que quer dizer como a ordem da Graça e, certamente, nas referências a Nossa Senhora, na qual se baseia minha pequena e própria percepção da beleza unida à majestade e à simplicidade”.

Ele também afirmou muitas vezes que seu romance era mítico, e não um credo. Isso não quer dizer que “O Senhor dos Anéis” não seja certo ou que a fé do seu autor não chegue a nós por meio de suas páginas. Muito pelo contrário, como disse Tolkien certa vez: “Ao criar um mito, praticando a 'mythopoeia', e enchendo o mundo de elfos, dragões e trasgos... um narrador de histórias está cumprindo a vontade de Deus e refletindo um fragmento da luz verdadeira”.

Fonte: Aleteia
Local: São Paulo

Link da pre-fonte: 



Biografias de J.R. Tolkien:

Um Sonho de fadas com King Edward o REI Anarquista

Um Sonho de fadas com King Edward
O REI ANARQUISTA

Edward Mãos de Tesoura já é um dos grandes e bons Clássicos de Tin Burtoon com o Ator e Cristo Johnny Deep deste "Anarquismo EMO", misturando Clássicos em um Artístico Liquidificador, deu origem a um grande Processo Somático do famoso Movimento "Mague Beat" no Brasil de Longas Praias, onde o Signo das Areias de Caranguejo se tornou o Signo do Escorpião, do FILHO das Aguas que matara e se tornara um FILHO do Fogo.

Meu filho vai ter nome de Santo

" Meu filho vai ter nome de Santo, vai ser o nome mais Bonito "
Letra e Musica Renato Russo da Banda Legião Urbana

Santo seja Eduardo (SE)

Edward Snowden's Alternative Christmas Message 2013 

Edward Snowden's denunciou ao Mundo em 2013 o grande "Big Brother" que vigia a todos, e destrói a Liberdade tão defendida por todos os Revolucionários em todo o Mundo.



Informações do Álbum As Quatro Estações


Estátuas e cofres
E paredes pintadas
Ninguém sabe o que aconteceu
Ela se jogou da janela do quinto andar
Nada é fácil de entender.


Dorme agora:
É só o vento lá fora.
Quero colo
Vou fugir de casa
Posso dormir aqui
Com você?
Estou com medo tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três.

Meu filho vai ter
Nome de santo
Quero o nome mais bonito.


Refrão:
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar,
Na verdade não há.

Me diz por que o céu é azul
Me explica a grande fúria do mundo
São meus filhos que tomam conta de mim


Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar
Já morei em tanta casa que nem me lembro mais
Eu moro com meus pais.

Refrão:
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar,
Na verdade não há.


Sou a gota d'água
Sou um grão de areia
Você diz que seus pais não entendem
Mas você não entende seus pais.
Você culpa seus pais por tudo
Isso é absurdo
São crianças como você.
O que você vai ser
Quando você crescer.

Esta é a nossa "Homenagem" a esta geração EMO de um REI que chora no Brasil, filho desta ROSA de MARIA, agora o REI Eduardo somos todos nós, e até o teto do Corinthians caiu no Movimento Social "NÃO VAI TER COPA !".
Te Amamos o Santa Maria, amamos este teu filho Eduardo REI de Rebeldes e agora com o Edward Snowden's somos já campeões da jogada para o timão, torcemos por você Edward Snowden's, pois sua Vitoria já marcou a Historia em nome do Santo REI Edward.
 Até a Vitoria sempre !

Anarco Monarquia em Que REI sou EU ?!

Anarco Monarquia em que REI sou EU ?
(Eu sou você amanhã !)

Na novela o Verdadeiro REI é um Rebelde
E Líder de um Exercito Rebelde Insurgente

Tem tudo haver com o Anarco-Monarquismo
E o Golpe de Estado que a Revolução Burguesa deu em todo o Mundo, levando o verdadeiro REI a se associar aos Rebeldes Anarquistas.



Resumo da Novela que REI sou EU ?! 
Sem um olhar político Anarquista.

Lucien (Tato Gabus Mendes) manda Fanny (Vera Holtz) avisar a Ravengar (Antônio Abujamra) que colocou a máscara de ferro em Jean Pierre (Edson Celulari).
- “Que rei sou eu?” foi ao ar no TV Viva e na TV Globo

Capítulo 141

Lili conta a Loulou que atirou em Crespy num beco escuro, porque o conselheiro lhe pediu para convencer Aline a fugir com ele. Lucien manda Fanny avisar a Ravengar que colocou a máscara em Jean Pierre. Os produtores mandam ao reino um abaixo-assinado, pedindo a libertação de François. O Rei promete libertá-lo desde que Vanoli prometa que ele não vai fazer escândalos. Corcoran suborna um guarda e descobre que Jean Pierre e sua mãe estão presos na torre e que colocaram nele uma máscara de ferro.

Capítulo 142

Corcoran conta a Loulou sobre a prisão de Jean Pierre e, depois, reúne os rebeldes para resolver o que fazer. Gaston pede ao banco suíço que mande uma cópia da ordem de pagamento, para ver quem a assinou. Suzanne pede a Lucy a arma de Gerard emprestada. Ravengar avisa a Lucien que a Princesa austríaca Ingrid virá conhecê-lo para acertar o casamento. Bergeron combina com Corcoran o roubo de 30 uniformes da guarda para eles
entrarem no palácio. Juliette confidencia a Aline que desconfia que está grávida.

Capítulo 143

Aline aconselha Juliette a contar a Lucien que está grávida. Ravengar vai à casa de Charlotte e manda chamar Bergeron. Loulou revela a Aline o segredo de Jean Pierre e Lenore. Bergeron finge que não se lembra de nada e diz que ama Charlotte. Ravengar, então, promete levar um padre para casá-los no dia seguinte. Madame d’Anjou, a biógrafa, chega à corte e exige o pagamento adiantado. Corcoran instrui os rebeldes que vão entrar no palácio. Juliette conta a Lucien que está grávida e ele fica furioso.

Capítulo 144

Lucien não apóia Juliette e ela diz que vai ter seu filho sozinha. Charlotte sai de casa para evitar o casamento e eles resolvem dizer que ela é apaixonada por outro. Ravengar chega com o padre, não acredita na história de Bergeron e ameaça prendê-lo. Madeleine, com medo, manda chamar Charlotte. Madame d’Anjou desiste de fazer a biografia de Valentine, porque não acha sua história interessante. Bergeron e Charlotte se casam. Os rebeldes entram no palácio. Aline mata o guarda da torre para os rebeldes subirem.

Capítulo 145

Os rebeldes entram na torre, lutam com os soldados, libertam Jean Pierre e Lenore e os levam para a caverna. Lucy seduz Gerard para ele esquecer de procurar sua arma. Balesteros, machucado, avisa a Lucien e Ravengar que os rebeldes libertaram os prisioneiros. Lucien reúne alguns guardas e vai para a taberna. Ravengar revela aos conselheiros que o prisioneiro da torre era o verdadeiro filho do Rei. Vanoli acha a arma que Suzanne escondeu embaixo do travesseiro. Ele tira a bala e recoloca a arma no lugar.

Leia mais:

Hakim Bey um Anarco Monarquista

Anarco-Monarquismo e Anarco-Misticismo

Texto de Hakim Bey

 

Dormindo, sonhamos com apenas duas formas de governo – anarquia e monarquia. A raiz primordial da consciência não entende de política e nunca joga limpo. Um sonho democrático? Um sonho socialista? Impossível.

Se meus REMs me trazem visões verídicas quase proféticas ou meros desejos vienenses, somente reis e pessoas selvagens povoam minha noite. Mônadas e nômades.

Dia pálido (quando nada brilha por sua própria luz) esquiva-se e insinua e sugere que nos comprometemos com uma triste e embaçada realidade. Mas em sonho nós nunca somos governados, exceto pelo amor ou pela magia, que são as habilidades de caotas e sultões.

No meio de um povo que não pode criar ou brincar, mas apenas trabalhar, os artistas também não conhecem outra escolha a não ser anarquia e monarquia. Como o sonhador, eles devem possuir e possuem suas próprias percepções, e para isto devem sacrificar o meramente social por uma “Musa tirânica”. A arte morre quando tratada “bem”. Ela deve desfrutar da selvageria de um homem das cavernas ou então ter sua boca preenchida de ouro por um príncipe.

Burocratas e vendedores a envenenam, professores a mastigam e filósofos a cospem fora. A arte é um tipo de barbaridade bizantina, que serve apenas para nobres e pagãos. Se você tivesse conhecido a doçura da vida como poeta num reino de um venal, corrupto, decadente, ineficaz e ridículo Paxá ou Emir, um xá Qajar, um Rei Farouk, uma Rainha da Pérsia, você saberia que isto é o que todo anarquista deve querer. Como eles amavam poemas e pinturas, aqueles tolos luxuriosos mortos, como eles sorviam todas as rosas e brisas frias, tulipas e alaúdes! Odeio sua crueldade e caprichos, sim – mas pelo menos eles eram humanos. Os burocratas, entretanto, que lambuzam as paredes da mente com sujeira inodora – tão gentis, tão gemüthlich (”de boa “índole”) – que poluem o ar interior com dormência – eles não são sequer merecedores de ´ódio. Eles mal existem fora das Ideias anêmicas `as quais servem.

E além disso: o sonhador, o artista, o anarquista – eles não compartilham um traço de capricho cruel com os mais ultrajantes déspotas? Pode a vida genuína acontecer sem um pouco de tolice, um pouco de excesso, alguns surtos de “discórdia” heracliteana? Não governamos – mas não podemos e não seremos governados.

Na Rússia, os anarquistas narodnik às vezes forjavam um ukase ou manifesto em nome do Czar; nele, o Autocrata reclamaria que lordes gananciosos e oficiais insensíveis o haviam prendido em seu palácio e o isolado de seu amado povo. Ele proclamava o fim da servidão e convocava os camponeses e trabalhadores a se levantarem em Seu Nome contra o governo.

Muitas vezes esta manobra realmente obtinha sucesso em despertar revoltas. Por que? Porque o único governante absoluto age metaforicamente como um espelho para o singular e completo absoluto do “eu”. Cada camponês olhava dentro desta lenda vítrea e observava sua própria liberdade – uma ilusão, mas que pegava emprestada do sonho a sua lógica.

Um mito similar deve ter inspirado, no século XVII, os Ranters e Antinomianos e Homens da Quinta Monarquia que se congregaram à bandeira jacobita com suas cabalas eruditas e conspirações ufanistas. Os místicos radicais foram traídos primeiro por Cromwell e depois pela Restauração – por que não, enfim, juntar-se aos petulantes cavaleiros e aos afetados condes, aos Rosacruzes e aos Maçons do Rito Escocês, para colocar um messias oculto no trono de Albion?

No meio de um povo que não pode conceber a sociedade humana sem um monarca, os desejos dos radicais devem ser expressos em termos monárquicos. No meio de um povo que não pode conceber a existência humana sem uma religião, os desejos radicais devem ser ditos na linguagem da heresia.

O taoísmo rejeitou toda a burocracia confuciana, mas guardou a imagem do Imperador-Sábio, que se sentava em silêncio em seu trono, encarando uma direção propícia, fazendo absolutamente nada. No Islã, os ismaelitas pegaram a ideia do Imame da Casa do Profeta e a metamorfosearam no Imame-do-próprio-ser, o ”eu” aperfeiçoado que está além de toda Lei e regra, que está harmonizado com o Uno. E esta doutrina os levou à revolta contra o Islã, ao terror e ao assassínio em nome da auto-libertação esotérica pura e da total realização.

O anarquismo clássico do século XIX definia-se pela luta contra a coroa e a igreja e, portanto, no nível acordado, considerava-se igualitário e ateu. Esta retórica, entretanto, obscurece o que realmente acontece: o “rei” torna-se o ”anarquista”, o ”padre” torna-se um ”herege”. Neste estranho dueto de mutabilidade, o político, o democrata, o socialista e o ideólogo racional não encontram lugar; são surdos à música e carecem totalmente de senso de ritmo. Terrorista e monarca são arquétipos; esses outros são meros funcionários.

Uma vez, anarquista e rei apertaram as respectivas gargantas e valsaram uma totentanz (“dança da morte”) – uma batalha esplêndida. Agora, entretanto, ambos estão relegados à lixeira da história – eles já eram, são curiosidades de um passado vagaroso e mais cultivado. Eles rodopiam tão rápido que parecem fundir-se juntos... podem ter, de alguma forma, se tornado uma coisa, gêmeos siameses, um Jano, uma unidade aberrante? “O sono da Razão...” ah! os mais desejáveis e desejosos monstros!

A Anarquia Ontológica proclama rasamente, asperamente e quase desmioladamente: sim, os dois são um agora. Como uma única entidade o anarco/rei agora renasceu; cada um de nós é o governante de nossa própria carne, de nossas próprias criações – e tudo mais que pudermos pegar e segurar.

Nossas ações são justificadas por decreto e nossas relações são moldadas por tratados com outros autarcas. Fazemos as leis para os nossos próprios domínios – e as correntes da lei foram quebradas. No momento, talvez sobrevivamos como meros Fingidores – mas mesmo assim, podemos agarrar uns poucos instantes, uns poucos metros quadrados de realidade sobre a qual impomos nossa vontade absoluta, nosso royaume (“reino”). L’état c’est moi (“o estado sou eu”).

Se estamos ligados por qualquer ética ou moralidade, deve ser uma tal que nós tenhamos imaginado, fabulosamente mais exaltada e mais libertadora que o “ácido moral” de puritanos e humanistas. “Vós sois como deuses — Tu és Aquele”.

As palavras monarquismo e misticismo são usadas aqui, em parte, simplesmente pour épater (“para espantar”) aqueles anarquistas iguálito-ateus que reagem com horror piedoso a qualquer menção de pompa ou superstição. Nada de revoluções regadas a champanhe para eles!

Nossa marca de anti-autoritarismo, contudo, floresce sobre o paradoxo barroco; ela favorece estados de consciência, emoção e estética sobre todas as ideologias e dogmas petrificados; ela abraça multidões e aprecia contradições. A Anarquia Ontológica é um duende para GRANDES mentes. A tradução do título (e palavra-chave) da obra magna de Max Stirner como “O ego e o que a ele pertence” levou a uma sutil interpretação errônea de “individualismo”. O termo inglês-latino ego vem carregado e oprimido com bagagem freudiana e protestante. Uma leitura cuidadosa de Stirner sugere que “O Único e seu Próprio” refletiria melhor suas intenções, dado que ele nunca define o ego em oposição à libido ou ao id, ou em oposição à “alma” ou “espírito”. O Único (der Einzige) pode ser melhor construído simplesmente como o “eu” individual. Stirner não se compromete com nenhuma metafísica, ainda que conceda ao Único uma certa propriedade absoluta. De que forma, então, este Einzige difere do “Eu” de Advaita Vedanta? Tat tvam asi: Tu (”Eu”individual)  és Aquele (”Eu”absoluto).

Muitos acreditam que o misticismo “dissolve o ego”. Bobagem. Apenas a morte faz isso (ou esta, pelo menos, é nossa suposição saducéia). O misticismo não destrói nem o “eu carnal” nem o “eu animal” -- o que equivaleria em suicídio. O que o misticismo realmente tenta sobrepujar é a falsa consciência, a ilusão, a Realidade Consensual e todas as falhas do “eu” que acompanham estes males. O misticismo verdadeiro cria um “eu em paz”, um “eu” com poder. A tarefa principal da metafísica (consumada, por exemplo, por Ibn Arabi, Boehme, Ramana Maharshi) é, em certo sentido, auto-destruir, identificar metafísico e físico, transcendente e imanente, como UM. Certos monistas radicais levaram esta doutrina muito além do mero panteísmo ou misticismo religioso. Uma compreensão da unicidade imanente do ser inspira certas heresias antinomianas (os Ranters, os Assassinos) que consideramos nossas ancestrais.

O próprio Stirner parece surdo às possíveis ressonâncias espirituais do Individualismo – e nisto ele pertence ao século XIX: nascido muito depois da liquefação da Cristandade, mas muito antes da descoberta do Oriente e da tradição iluminista escondida na alquimia ocidental, da heresia revolucionária e do ativismo oculto. Stirner despreza muito corretamente o que ele conhecia como “misticismo”, uma reles sentimentalidade pietista baseada em auto-negação e ódio pelo mundo. Nietzsche pregou a tampa sobre “Deus” uns poucos anos antes. Desde então, quem ousou sugerir que Individualismo e misticismo poderiam ser reconciliados e sintetizados?

O ingrediente faltante em Stirner (Nietzsche chega mais perto) é um conceito funcional de consciência não-ordinária. A realização do “eu” único (ou übermensch (”super- homem”)) deve reverberar e expandir-se como ondas ou espirais ou música para abraçar a experiência direta ou a percepção intuitiva da singularidade da própria realidade. Essa realização engolfa e apaga toda dualidade, dicotomia e dialética. Carrega consigo mesma, como uma carga elétrica, um sentido de valor intenso e sem palavras: ela “diviniza” o ”eu”.

Ser/consciência/felicidade (satchitananda) não pode ser repudiado como meramente outro “fantasma” stirneriano ou ”roda na cabeça”. Não invoca exclusivamente nenhum princípio transcendente para o qual o Einzige deve sacrificar sua qualidade de próprio. Simplesmente declara que aquela intensa consciência da própria existência resulta em “felicidade-- ou, numa linguagem menos pesada, em consciência valorativa”. O objetivo do ´Único, afinal, é possuir tudo; o monista radical obtém isso identificando o “eu” com a percepção, como o pintor chinês que “se torna o bambu”, de forma que ”ele pinta a si próprio”. Apesar das dicas misteriosas que Stirner dá sobre uma “união de Únicos" e apesar do eterno “Sim” de Nietzsche e da exaltação da vida, o Individualismo deles parece de alguma forma moldado por uma certa frieza em relação ao outro. Em parte, eles cultivavam uma fortificante e purificadora frieza contra a sufocação quente da sentimentalidade e do altruísmo do século XIX; em parte, eles simplesmente desprezavam o que alguém (Mencken?) chamou de “Homo Boobensis”.

E ainda, lendo por trás e abaixo da camada de gelo, nós descobrimos traços de uma doutrina ígnea – o que Gaston Bachelard poderia ter chamado de “uma Poética do Outro”. A relação do Einzige com o Outro não pode ser definida ou limitada por qualquer instituição ou ideia. E ainda claramente, mesmo que paradoxalmente, o Único depende do Outro para a completude e não pode e não será realizado em nenhum isolamento amargo.

Os exemplos de “crianças lobos” ou enfants sauvages (”crianças selvagens”) sugerem que uma criança humana privada da companhia humana por muito tempo nunca obter a humanidade consciente – nunca adquirirá linguagem. A Criança Selvagem talvez forneça uma metáfora poética para o Único – e simultaneamente, ainda, marque o ponto exato em que Único e Outro devam se encontrar, se amalgamar, se unificar – ou então falham em obter e possuir tudo aquilo de que são capazes.

O Outro espelha o "Eu" -- o Outro  nossa testemunha. O Outro completa o “Eu" -- o Outro nos dá a chave para a percepção da unicidade-do-ser. Quando falamos de ser e consciência, nós apontamos para o “Eu”; quando falamos de felicidade implicamos o Outro.

A aquisição da linguagem cai sob o signo de Eros – toda comunicação é essencialmente erótica, todas as relações são eróticas. Avicenna e Dante afirmaram que o amor move as estrelas e os planetas em seus cursos – o Rig Veda e a Teogonia de Hesíodo proclamam que o Amor é o primeiro deus nascido depois de Caos. Afeições, afinidades, percepções estéticas, belas criações, sociabilidade – todas as mais preciosas possessões do Único erguem-se da conjunção do “Eu” com o Outro na constelação do Desejo.

Novamente, o projeto iniciado pelo Individualismo pode ser desenvolvido e revivificado por um enxerto com o misticismo – especificamente com o tantra. Como uma técnica esotérica divorciada do hinduísmo ortodoxo, o tantra fornece uma estrutura (“Rede de Joias”) simbólica para a identificação do prazer sexual e consciência não-ordinária. Todas as seitas antinomianas continham algum aspecto tântrico, desde as famílias do Amor e Irmãos Livres e Adamitas da Europa até os sufis pederastas da Pérsia e os alquimistas Taoístas da China. Até mesmo o anarquismo clássico desfrutou seus momentos tântricos: os Falansterios de Fourier; o “Anarquismo Místico” de G. Ivanov e outros russos simbolistas de fim-de-século; o erotismo incestuoso do Sanine de Arzibashaev; a estranha combinação de Niilismo e adoração a Kali que inspirou o Partido Terrorista Bengalês (ao qual meu guru tântrico Sri Kamanaransan Biswas teve a honra de pertencer)...

Nós, entretanto, propomos um sincretismo de anarquismo e tantra muito mais profundo que qualquer um desses. De fato, simplesmente sugerimos que Anarquismo Individual e Monismo Radical sejam considerados doravante como um e mesmo movimento.

Este híbrido tem sido chamado de “materialismo espiritual”, um termo que incinera toda a metafísica no fogo da unidade de espírito e matéria. Também gostamos de “Anarquia Ontológica” porque sugere que o ser em si mesmo permanece num estado de “Caos divino”, de total potencialidade, de criação contínua.

Neste fluxo, somente o jiva mukti, ou “indivíduo liberto”, é auto-realizado, e deste modo monarca ou proprietário de suas percepções e relações. Neste fluxo incessante, somente o desejo oferece um princípio de ordem, e assim a única sociedade possível (como Fourier entendeu) é a dos amantes.

O anarquismo está morto, vida longa à anarquia! Não precisamos mais da bagagem de masoquismo revolucionário ou auto-sacrifício idealista – ou da frigidez do Individualismo com seu desdém pela sociabilidade, pelo viver junto – ou das superstições vulgares do ateísmo do século XIX, cientificismo e progressismo. Todo esse peso morto! Pastas proletárias emboloradas, vapores burgueses pesados, entediantes guias filosóficos – deixemos isso de lado!

Queremos desses sistemas apenas sua vitalidade, suas forças vitais, ousadia, intransigência, raiva, negligencia – seu poder, seu shakti. Antes de descartarmos o entulho e os sacos de lixo, nós saquearemos a bagagem procurando por carteiras, revólveres, joias, drogas e outros itens úteis – guardaremos o que gostamos e jogaremos fora o resto. Por que não? Por acaso somos padres de um culto, para murmurar sobre relíquias e resmungar nossos martirológios?

O monarquismo também tem algo que queremos – um encanto, um sossego, um orgulho, uma superabundância. Ficaremos com isto e jogaremos as aflições da autoridade e da tortura na lata de lixo da história. O misticismo tem algo que precisamos – “auto-superação”, consciência exaltada, reservatórios de potência psíquica. Estes nós expropriaremos em nome da nossa insurreição – e deixaremos as aflições da moralidade e da religião apodrecer e se decompor.

Como os Ranters costumavam dizer quando saudavam qualquer ”criatura companheira" -- de rei a batedor de carteiras – ”Alegre-se! Tudo é de todos!”.

 Fonte Link:

http://ordinenaturale.blogspot.com.br/2013/12/anarco-monarquismo-e-anarco-misticismo.html

Monarquia Libertaria <=> Anarco Monarquia


Monarquia Libertária <=> Anarco Monarquia

" Um Estado Anarco Monarquista é aquele qual exista uma minoria no topo da Pirâmide Social, que permita uma maior Liberdade total a Base da Pirâmide Social "
Frase de Salvador Dalí sobre a Anarco Monarquia


O Anarco-Monarquismo ou Monarquismo Libertário, são termos que têm sido utilizados para designar as posições filosóficas que pretendem fundir o sistema monárquico com as ideologias libertárias. 
Os mais famosos Anarco-Monárquicos são J. R. Tolkien, Salvador Dali, Hakin Bey
Em Portugal, o pensamento de João Carlos Camossa do Saldanha, tinha muitas semelhanças com as posições defendidas por Tolkien. 
Tal como as restantes correntes libertárias, os Anarco-Monárquicos pretendem que as sociedades viveriam melhor se não possuíssem um governo formal. Contudo, os Anarco-Monárquicos defendem que as sociedades que têm uma forma visível e simbólica de autoridade, sem monopólio dos instrumentos de coerção e da lei, não violam a liberdade individual, já que cada indivíduo pode escolher o grau de credibilidade a dar a essa autoridade simbólica. 
Para os Anarco-Monárquicos, essas formas de autoridade simbólica permitem a continuidade e estabilidade da sociedade. Os Anarco-Monárquicos defendem uma forma de monarquia no seu sentido tribal, uma monarquia hereditária cuja autoridade é puramente cerimonial. 
Os exemplos históricos de Anarco-Monarquia são a Islândia medieval, com os seus concílios de tribos e os reinos da África Ocidental, previamente ao contacto com os Europeus. Porem existe quem ache e quem defenda Papua Nova Guine como um misto Anarco-Monarquismo Popular, organizado em uma Nação Anarquista.

Link:
https://www.causes.com/causes/557129-anarco-monarquicos/about

Salvador Dalí um Pintor Anarco Monarquista

Biografia - Salvador Dalí (1904-1989)

"Sou um monstro de inteligência"

Ele dizia que seus quadros eram "fotografias de sonhos pintadas à mão". Frasista inspirado, dono de uma verve irresistível, Salvador Dalí era um homem excêntrico, dado a surtos de exibicionismo e megalomania, o que ajudou a criar em torno de sim uma aura mítica de ousadia e loucura.

"As duas coisas mais felizes que podem acontecer a um pintor contemporâneo são: primeiro, ser espanhol, e segundo, chamar-se Dalí. Ambas me aconteceram", dizia, com sua insuperável capacidade para o marketing pessoal. "Todas as manhãs eu experimento uma delicada alegria - a alegria de ser Salvador Dalí - e me pergunto, em êxtase, que coisas maravilhosas esse Salvador Dalí vai realizar hoje?"

Nascido na cidade catalã de Figueres, na Espanha, começou a pintar por volta dos 13 anos, época em que seu pai organizou uma exposição familiar com seus desenhos a carvão. Cinco anos depois, em 1922, Salvador Dalí mudou-se para Madri, onde ingressou na Academia de San Francisco e conheceu o poeta Federico Garcia Lorca e o futuro cineasta Luis Buñuel. Com o primeiro, teria um caso de amor platônico. Com o segundo, viria a fazer os filmes surrealistas Um Cão Andaluz (1929) e A Idade do Ouro (1930). "Sou um monstro de inteligência", gabava-se.

Foi no mesmo ano das filmagens de Um Cão Andaluz que passou a morar com a russa Elena Dimitrievna Diakonova, dez anos mais velha do que ele e então casada com o poeta francês Paul Eluard. Diakonova, apelidada de Gala, ficará com Dalí até o último dia de sua vida. "Ela curou-me de todas as minhas angústias. Gala é a curandeira dos terrores", definia o artista, que jurava ser virgem até conhecer sua eterna musa.

A Ruptura oficial com os Surrealistas foi barulhenta. Salvador Dalí foi expulso das hostes do movimento pelo líder André Breton, que passara a defender a doutrina marxista. Dalí, acusado de compactuar com o fascismo, se disse um "Anarco-Monarquista" e desdenhou da expulsão: "O surrealismo sou eu".

No início da Segunda Guerra, em 1940, Dalí e Gala mudaram-se para os Estados Unidos, onde o artista colaborou com Alfred Hitchcock em uma seqüência do filme Spellbound (Quando fala o coração). O casal permaneceu nos EUA até 1955. Quando retornou a Espanha, Salvador Dalí declarou apoio ao ditador Francisco Franco. "Sou favorável aos períodos de inquisição. Quanto mais opressões, mais se é levado a precisar o que se deve dizer. Sim à repressão das liberdades", declarou.

A partir de 1982, com a morte de Gala, Salvador Dalí tornou-se um homem recluso, abatido pelo Mal de Parkinson. Deprimido pela ausência da mulher, recusou-se a comer e passou a ser alimentado por uma sonda nasal, com a qual posou para a capa da revista americana Vanity Fair.

Dalí viveria até 1989. Porém, os críticos mais rigorosos afirmavam que sua arte já morrera muito tempo antes dele, ainda ao final da primeira fase surrealista, na distante década de 1930. Depois disso, passara a viver apenas do escândalo e da polêmica em torno de seu comportamento pouco ortodoxo.

Curiosidades:

•    Expulsão da academia:Na Escola de Belas Artes de Madri, Salvador Dalí ficou famoso por sua auto-suficiência. Em junho de 1926, recusou-se a fazer as provas da disciplina de Teoria das Belas Artes, por achar que nenhum professor tinha competência suficiente para julgar seu trabalho. Em represália, o conselho disciplinar da instituição decidiu pela expulsão do aluno rebelde.

•    Extravagâncias:Dalí adorava chocar o público com suas declarações e aparições inusitadas. Em 1936, na abertura de uma exposição surrealista em Londres, apareceu vestido em trajes de mergulho. De outra feita, fez uma conferência com um pedaço de pão sobre a cabeça. Ainda nos tempos da Academia em Madrid, quando um professor propôs à classe uma estatueta da Virgem Maria como modelo para uma aula de pintura e desenho, Dalí pintou uma balança.

•    Memórias precoces:Dalí escreveu suas memórias, o livro "A vida Secreta de Salvador Dalí", aos 37 anos. "Normalmente os escritores começam a escrever suas memórias depois de viver sua vida, mas, com meu vício de fazer tudo diferentemente dos demais, achei que era mais inteligente começar escrevendo minhas memórias e vivê-las depois", explicou.

 •    Um Dalí roubado no Rio:Em fevereiro do ano passado, às vésperas do Carnaval, quatro homens armados invadiram o museu Chácara do Céu, no bairro de Santa Teresa, Rio de Janeiro, e roubaram uma série de telas de artistas famosos, incluindo o quadro "Os Dois Balcões", pintado por Salvador Dalí em 1929. Dias depois, a polícia encontrou pedaços de moldura queimados em um morro carioca. Mais de um ano depois, os quadros ainda não foram localizados.

•    Dalí no cinema:Em janeiro deste ano, anunciou-se em Hollywood que o ator Al Pacino encarnará, em breve, Salvador Dalí nas telas do cinema. O filme promoverá o reencontro de Pacino com o roteirista e diretor Andrew Niccol, com quem já trabalhou em "Simone", de 2002. As filmagens devem começar em junho. "Dalí & I: The Surreal Story" se concentrará no período da maturidade do artista.

Contexto histórico - Em busca da "paranóia crítica"

 Salvador Dalí definiu seu processo criativo como "crítico-paranóico". Tal método consistiria em permitir-se um estado mental semelhante ao da paranóia clínica, no qual a vontade e a razão eram suspensas temporariamente, de modo deliberado pelo artista. Dalí empregava uma técnica apurada, de grande virtuosismo, mas a serviço de um simbolismo alucinado, proveniente do mundo dos sonhos e do inconsciente.

 Com seu comportamento extravagante, Salvador Dalí tornou-se o mais célebre dos representantes do movimento surrealista, vanguarda estética surgida na França no período entre-guerras. Os surrealistas defendiam o chamado "automatismo", o fluxo livre de associações de idéias, ditadas diretamente do inconsciente, sem qualquer tipo de controle racional ou censura moral.

 O surrealismo representava a face positiva do dadaísmo, movimento iconoclasta fundado em 1915 por um grupo de jovens artistas, entre os quais despontava a figura do escritor romeno Tristán Tzara. Assim como os surrealistas, os dadaístas também valorizavam o não-racional e o absurdo. Mas, em seus manifestos, prevalecia a ironia e o niilismo radical. Para o dadaísmo, tratava-se de implodir, pelo escândalo e pelo gracejo, o próprio conceito de arte.

 O poeta André Breton, principal líder e teórico do surrealismo, pregava a necessidade de resolver, de forma positiva, a contradição entre sonho e realidade, entre imaginação e consciência. Buscava, assim, alcançar uma suposta nova dimensão, a supra-realidade.

As diferenças de concepção entre os adeptos do movimento surrealista – além das discordâncias de  natureza política – acabaram antagonizando muitos de seus principais membros, inclusive André Breton e Salvador Dalí. "A diferença entre os surrealistas e eu é que, na verdade, eu sou surrealista", sentenciava o sempre provocativo Dalí.

Sites Relacionados:

•    Fundação Gala-Dalí– Site oficial da entidade, localizada na Espanha. Traz textos, imagens e até filmes sobre o artista. Em espanhol, francês e inglês.

•    Museu Dalí – Situado na Flórida, nos Estados Unidos, o museu tem uma importante coleção de obras de Salvador Dalí. Em inglês.

•    ArtCyclopedia – Relação e localização das principais obras de Dalí, em museus e galerias espalhadas pelo mundo. Em inglês.

•    Folha Online – Veja tudo o que já publicado sobre Salvador Dalí na Folha Online.

•    BBC – Ouça trechos de uma entrevista de Salvador Dalí à emissora britânica.

Principais obras:

1. A Persistência da Memória (1931) – Um dos quadros mais reproduzidos de Dalí, com seus relógios maleáveis, como se fossem feitos de cera derretida.
2. Girafa em chamas (1937) – No quadro, há a presença de imagens recorrentes de Dalí: uma girafa flamejante e o corpo humano com gavetas entreabertas.
3. Sono (1937) – O sono e o sonho foram temas caros aos surrealistas e, por extensão, a Salvador Dalí, que o representou nesta obra como um rosto humano amolecido, sustentado por muletas.
4. A Crucificação de São João da Cruz (1951) – Obra representativa do período em que o artista passou a pintar motivos religiosos, após sua ida aos Estados Unidos.
5. A Última Ceia (1955) – Versão surrealista do quadro clássico de Leonardo da Vinci.
6. Crucificação  -Óleo sobre tela, 194,30 x 123,80 cm -Metropolitan Museum of Art, New York
7. Contemporâneo - Os Simpsons Dali

Fontes:

Imagens: 7 das artes 

Texto Grandes Mestres
Imagens: 

 http://praelitteras.blogspot.com.br/2012/07/plurissignificacao-em-franz-kafka-e.html
  http://origin-symbol.blogspot.com.br/2011/07/cristo-de-sao-joao-da-cruz.html 

Fonte link:
http://guarda-xuva.blogspot.com.br/2012/09/grandes-mestres-salvador-dali.html