Por King Edward Lutamos

" Toda Rebeldia Anarquista provem da Rebeldia do REI contra a Autoridade Ilegitima que deu um Golpe de Representação na Monarquia ".

" Nenhum Anarquista por tal motivo aceita ou se submete a uma Autoridade Ilegitima que queira o Governar ".

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Salvador Dalí um Pintor Anarco Monarquista

Biografia - Salvador Dalí (1904-1989)

"Sou um monstro de inteligência"

Ele dizia que seus quadros eram "fotografias de sonhos pintadas à mão". Frasista inspirado, dono de uma verve irresistível, Salvador Dalí era um homem excêntrico, dado a surtos de exibicionismo e megalomania, o que ajudou a criar em torno de sim uma aura mítica de ousadia e loucura.

"As duas coisas mais felizes que podem acontecer a um pintor contemporâneo são: primeiro, ser espanhol, e segundo, chamar-se Dalí. Ambas me aconteceram", dizia, com sua insuperável capacidade para o marketing pessoal. "Todas as manhãs eu experimento uma delicada alegria - a alegria de ser Salvador Dalí - e me pergunto, em êxtase, que coisas maravilhosas esse Salvador Dalí vai realizar hoje?"

Nascido na cidade catalã de Figueres, na Espanha, começou a pintar por volta dos 13 anos, época em que seu pai organizou uma exposição familiar com seus desenhos a carvão. Cinco anos depois, em 1922, Salvador Dalí mudou-se para Madri, onde ingressou na Academia de San Francisco e conheceu o poeta Federico Garcia Lorca e o futuro cineasta Luis Buñuel. Com o primeiro, teria um caso de amor platônico. Com o segundo, viria a fazer os filmes surrealistas Um Cão Andaluz (1929) e A Idade do Ouro (1930). "Sou um monstro de inteligência", gabava-se.

Foi no mesmo ano das filmagens de Um Cão Andaluz que passou a morar com a russa Elena Dimitrievna Diakonova, dez anos mais velha do que ele e então casada com o poeta francês Paul Eluard. Diakonova, apelidada de Gala, ficará com Dalí até o último dia de sua vida. "Ela curou-me de todas as minhas angústias. Gala é a curandeira dos terrores", definia o artista, que jurava ser virgem até conhecer sua eterna musa.

A Ruptura oficial com os Surrealistas foi barulhenta. Salvador Dalí foi expulso das hostes do movimento pelo líder André Breton, que passara a defender a doutrina marxista. Dalí, acusado de compactuar com o fascismo, se disse um "Anarco-Monarquista" e desdenhou da expulsão: "O surrealismo sou eu".

No início da Segunda Guerra, em 1940, Dalí e Gala mudaram-se para os Estados Unidos, onde o artista colaborou com Alfred Hitchcock em uma seqüência do filme Spellbound (Quando fala o coração). O casal permaneceu nos EUA até 1955. Quando retornou a Espanha, Salvador Dalí declarou apoio ao ditador Francisco Franco. "Sou favorável aos períodos de inquisição. Quanto mais opressões, mais se é levado a precisar o que se deve dizer. Sim à repressão das liberdades", declarou.

A partir de 1982, com a morte de Gala, Salvador Dalí tornou-se um homem recluso, abatido pelo Mal de Parkinson. Deprimido pela ausência da mulher, recusou-se a comer e passou a ser alimentado por uma sonda nasal, com a qual posou para a capa da revista americana Vanity Fair.

Dalí viveria até 1989. Porém, os críticos mais rigorosos afirmavam que sua arte já morrera muito tempo antes dele, ainda ao final da primeira fase surrealista, na distante década de 1930. Depois disso, passara a viver apenas do escândalo e da polêmica em torno de seu comportamento pouco ortodoxo.

Curiosidades:

•    Expulsão da academia:Na Escola de Belas Artes de Madri, Salvador Dalí ficou famoso por sua auto-suficiência. Em junho de 1926, recusou-se a fazer as provas da disciplina de Teoria das Belas Artes, por achar que nenhum professor tinha competência suficiente para julgar seu trabalho. Em represália, o conselho disciplinar da instituição decidiu pela expulsão do aluno rebelde.

•    Extravagâncias:Dalí adorava chocar o público com suas declarações e aparições inusitadas. Em 1936, na abertura de uma exposição surrealista em Londres, apareceu vestido em trajes de mergulho. De outra feita, fez uma conferência com um pedaço de pão sobre a cabeça. Ainda nos tempos da Academia em Madrid, quando um professor propôs à classe uma estatueta da Virgem Maria como modelo para uma aula de pintura e desenho, Dalí pintou uma balança.

•    Memórias precoces:Dalí escreveu suas memórias, o livro "A vida Secreta de Salvador Dalí", aos 37 anos. "Normalmente os escritores começam a escrever suas memórias depois de viver sua vida, mas, com meu vício de fazer tudo diferentemente dos demais, achei que era mais inteligente começar escrevendo minhas memórias e vivê-las depois", explicou.

 •    Um Dalí roubado no Rio:Em fevereiro do ano passado, às vésperas do Carnaval, quatro homens armados invadiram o museu Chácara do Céu, no bairro de Santa Teresa, Rio de Janeiro, e roubaram uma série de telas de artistas famosos, incluindo o quadro "Os Dois Balcões", pintado por Salvador Dalí em 1929. Dias depois, a polícia encontrou pedaços de moldura queimados em um morro carioca. Mais de um ano depois, os quadros ainda não foram localizados.

•    Dalí no cinema:Em janeiro deste ano, anunciou-se em Hollywood que o ator Al Pacino encarnará, em breve, Salvador Dalí nas telas do cinema. O filme promoverá o reencontro de Pacino com o roteirista e diretor Andrew Niccol, com quem já trabalhou em "Simone", de 2002. As filmagens devem começar em junho. "Dalí & I: The Surreal Story" se concentrará no período da maturidade do artista.

Contexto histórico - Em busca da "paranóia crítica"

 Salvador Dalí definiu seu processo criativo como "crítico-paranóico". Tal método consistiria em permitir-se um estado mental semelhante ao da paranóia clínica, no qual a vontade e a razão eram suspensas temporariamente, de modo deliberado pelo artista. Dalí empregava uma técnica apurada, de grande virtuosismo, mas a serviço de um simbolismo alucinado, proveniente do mundo dos sonhos e do inconsciente.

 Com seu comportamento extravagante, Salvador Dalí tornou-se o mais célebre dos representantes do movimento surrealista, vanguarda estética surgida na França no período entre-guerras. Os surrealistas defendiam o chamado "automatismo", o fluxo livre de associações de idéias, ditadas diretamente do inconsciente, sem qualquer tipo de controle racional ou censura moral.

 O surrealismo representava a face positiva do dadaísmo, movimento iconoclasta fundado em 1915 por um grupo de jovens artistas, entre os quais despontava a figura do escritor romeno Tristán Tzara. Assim como os surrealistas, os dadaístas também valorizavam o não-racional e o absurdo. Mas, em seus manifestos, prevalecia a ironia e o niilismo radical. Para o dadaísmo, tratava-se de implodir, pelo escândalo e pelo gracejo, o próprio conceito de arte.

 O poeta André Breton, principal líder e teórico do surrealismo, pregava a necessidade de resolver, de forma positiva, a contradição entre sonho e realidade, entre imaginação e consciência. Buscava, assim, alcançar uma suposta nova dimensão, a supra-realidade.

As diferenças de concepção entre os adeptos do movimento surrealista – além das discordâncias de  natureza política – acabaram antagonizando muitos de seus principais membros, inclusive André Breton e Salvador Dalí. "A diferença entre os surrealistas e eu é que, na verdade, eu sou surrealista", sentenciava o sempre provocativo Dalí.

Sites Relacionados:

•    Fundação Gala-Dalí– Site oficial da entidade, localizada na Espanha. Traz textos, imagens e até filmes sobre o artista. Em espanhol, francês e inglês.

•    Museu Dalí – Situado na Flórida, nos Estados Unidos, o museu tem uma importante coleção de obras de Salvador Dalí. Em inglês.

•    ArtCyclopedia – Relação e localização das principais obras de Dalí, em museus e galerias espalhadas pelo mundo. Em inglês.

•    Folha Online – Veja tudo o que já publicado sobre Salvador Dalí na Folha Online.

•    BBC – Ouça trechos de uma entrevista de Salvador Dalí à emissora britânica.

Principais obras:

1. A Persistência da Memória (1931) – Um dos quadros mais reproduzidos de Dalí, com seus relógios maleáveis, como se fossem feitos de cera derretida.
2. Girafa em chamas (1937) – No quadro, há a presença de imagens recorrentes de Dalí: uma girafa flamejante e o corpo humano com gavetas entreabertas.
3. Sono (1937) – O sono e o sonho foram temas caros aos surrealistas e, por extensão, a Salvador Dalí, que o representou nesta obra como um rosto humano amolecido, sustentado por muletas.
4. A Crucificação de São João da Cruz (1951) – Obra representativa do período em que o artista passou a pintar motivos religiosos, após sua ida aos Estados Unidos.
5. A Última Ceia (1955) – Versão surrealista do quadro clássico de Leonardo da Vinci.
6. Crucificação  -Óleo sobre tela, 194,30 x 123,80 cm -Metropolitan Museum of Art, New York
7. Contemporâneo - Os Simpsons Dali

Fontes:

Imagens: 7 das artes 

Texto Grandes Mestres
Imagens: 

 http://praelitteras.blogspot.com.br/2012/07/plurissignificacao-em-franz-kafka-e.html
  http://origin-symbol.blogspot.com.br/2011/07/cristo-de-sao-joao-da-cruz.html 

Fonte link:
http://guarda-xuva.blogspot.com.br/2012/09/grandes-mestres-salvador-dali.html 



 

Um comentário:

  1. Quando eu era pequena,as obras do Dalí eram as únicas que eu não entendia, hoje,no entanto continuo sendo pequena, mas o entendo perfeitamente.

    ResponderExcluir